Entrar para a vida universitária sempre foi considerado uma passagem transformadora para os alunos. Todos festejam a " vitoria", na verdade estudar em um curso superior significa ter acesso a conhecimentos que devem facilitar e conduzir o aluno a uma formação profissional e principalmente ampliar o conhecimento ou seja, do senso comum em direção ao conhecimento cientifico e pesquisas.
Desta forma o papel das Universidades sempre se baseou em ter um sentido transformador para aqueles que vivenciam a experiencia das praticas estabelecidas, direcionadas e oferecidas para a sociedade e o aluno .
Pelo visto, e principalmente pelo que leio, a tecnologia imprime outras transformações geradas, não só em direção ao âmbito universitario, mas sim da sociedade em direção ao individuo que se prontifica a ampliar seus conhecimentos e que interroga a todos, principalmente se houver senso critico, sobre uma possível re-definição do ensino superior perante as mudanças estabelecidas pela tecnologia, necessitando assim de novas praticas, ideias, vivencias e experimentações ativas que possam ser encontradas em cursos superiores.
Em minhas ultimas leituras encontro novas correlações de palavras que rapidamente deixo aqui como por exemplo, a pratica antiga de domínio do conhecimento do professor vs coerência para o conhecimento do aluno, OU os debates sobre o conteúdo e especialidades (uma tradição estabelecida) vs aprendizagem e adaptação profissional em face da tecnologia, enfim, enfrentar pressões e exigências diferenciadas no conflito do estabelecido (antigo) e o novo.
Mas tento explicar aqui o meu interesse entre o TER e o SER.
Em minha vivencia de Mestrado o que mais menosprezavam, naquele curso superior, era a disciplina de fundamentação filosófica ou de sustentação filosófica. Ao entregar os capítulos que definiam o problema, a que me dedicava, aos escolhidos para a banca, com anterioridade ocorreu ouvir criticas, meneios de cabeça acerca de um dos itens do Cap. 1 , que alem do problema, objetivos, questões, justificativa, delimitação do estudo, definia o porque da inserção do meu problema naquela Ciência!
Ora, a inserção tratava exclusivamente dos fundamentos da Teoria do Conhecimento que embasavam, fundamentavam o Mestrado.
Ao ler as paginas, os Doutores a quem eu deveria me submeter não entendiam ou" torciam o nariz" para o texto e um deles sugeriu a sua retirada. A minha solução foi " enxugar" o texto e manter as minhas considerações. Ficamos em quase 3 paginas, mas que para mim são primordiais.
Não encontro em outros cursos esta preocupação. Na verdade o currículo que ensino para meus alunos contou com uma disciplina intitulada Reflexões Filosóficas, para dar subsídios aos alunos e foi uma ótima vivencia. Mas em outros Mestrados este item sempre se faz esquecido.
Sera que o diferencial se estabelece deste ponto, entre o ter e o ser!
E entre o Ser e o Ter, no primeiro já entra a Ontologia....
Em variadas leituras somos apresentados a importantes pensadores e autores que sustentam a visão do Colegiado de Curso e a
missão ou proposta de formação, e os eixos em que se sustentam, mas o entendimento filosófico fica a dever.
Diversas
postagens direcionaram a esta reflexão pessoal (sobre o que se chama " constructo teórico epistemológico" ) e as considerações que unem estas proposições acadêmicas perante o que surge na Educação, com o
MOOCs ou mesmo a tecnologia e aprendizagem em ambiente formal virtual e que se mostram interessantes.
Concluo que, se no presencial não é acessível a todos debates sobre o "constructo epistemológico" de qualquer curso, eu fico aqui escrevendo este post e achando muito engraçado e aprecio debates que possam fundamentar este mesmo "constructo" para a Educação, Tecnologia, Redes sociais.
O ato de tecer entre o antigo e o novo é apaixonante.
Outras
indicações e
aqui.