dimanche 13 février 2011

Grupos, redes, coletividade..e outros

Início da semana 5 #cck11

Gostaria de acrescentar que ainda não li nenhum texto e inicialmente rabiscar sobre duas formas de coletividade:
cartéis e listas.

Gosto do primeiro, já participei de muitos, refere-se a um dispositivo criado por Lacan.
Resumindo, um mínimo de 2 pessoas e + 1 à livre escolha, ou a forma ideal 3 + 1 , que poderá participar ou não necessariamente das leituras (uma falta é algo a ser vivenciado, pois sempre algo falta e outras implicações, mas que diferem de perdas), mas que o intuito final seja apresentar algo como resultado individual de cada, após um tempo previsto, em forma escrita. O Cartél nunca poderá ser binário é necessário acrescentar sempre o +1.

Recordo que na EaD, onde trabalho, uma das explicações sobre a "metodologia" aplicada aparentava semelhança com os Cartéis, achei um absurdo lançar uma idéia lacaniana, assim de repente, mas além de Freire, Sócrates, o intuito era explicar sobre a autonomia do estudo.
Observo que só nestes três exemplos encontro a Teoria da Aprendizagem em facetas, a política, a social, a filosófica.Mas nunca o nome da Teoria.

Detesto listas; não convivo bem com listas; algo em mim rejeita listas; é realmente algo que provoca reações.Não me contenho a esmiuçar lembranças que possam reconhecer porque são antipáticas, o sentido originário de listar objetos e pessoas (principalmente).
Mas por outro lado faço listagens curtíssimas, por exemplo, de atividades a serem executadas em agendamento, viagens.
Convenhamos que na gestão de muitos temas a listagem é fortalecida pelo desejo de organização, falta (olha ela aí) de tempo, onde em um rápido olhar mensuramos a validade, qualidade e confrontamos com os nossos interesses, principalmente quando nos encontramos em um mar de informações.

Vasculhando a memória procuro a premente questão das listas; asseguro que nunca vi a Lista de Schindler.

O problema é que nas listas há uma implicação de escolha deliberada ou não por quem faz a listagem e este pormenor vai de encontro a uma visão implantada, de que entre interessantes ou desinteressados motivos, quaisquer que sejam eles, as pessoas exprimem um valor e com mérito ou sem mérito ninguém pode optar por um desmerecimento.
Entre a escolha e a dispensa ou não escolha são claras as diferenças.

Em gestão de meios é importante, na Educação considero uma falha grandiosa.

Acredito ser este um fator de não listar, característica básica a um bom professor, não que os outros não sejam bons professores, não é este o caso, reconheço como um padrão psicológico, comportamental que procuro entender e conviver.Um modo de ser.


Lógico que as listas acontecem e aconteceram em minhas amizades e fiz parte de muitas, não posso dizer que fiquei "fora"das listas e por isso as detesto, não, não sei se é sorte ou não, mas me dei bem nas listas, se é que são e continuam a ser importantes, mas detesto listas; a angústia expressa por colegas, em meio à pressão via Educação, sempre foi fortalecida via listagem e ainda é!
a lista do vestibular, a lista do mestrado, a lista do concurso, a lista do Enem, a lista das salas de aulas, a listagem onde sentam as crianças em sala... classificamos, catalogamos, avaliamos, listamos e fazemos parte de listas e listamos pessoas segundo um juízo de valor que não é o kantiano.

Mas a semana será sobre Grupos e Redes, sem dúvida uma semana pesada.
Enfim, nada é absoluto, muito menos em Teorias.

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