Encontrei por acaso esta imagem, de Alfredo Vilasenor, creio, muito interessante, que na verdade é só um esboço, sem muita profundidade. E algo me fez prestar a atenção quanto às diversas causas e efeitos possíveis em um aprendizado informal. E não só.
Mas sempre com um direcionamento quanto às respostas corporais involuntárias que as crianças nos oferecem quando se encontram focadas em um ambiente virtual e com a interferência de influencias externas .
Procuro uma aproximação teórica para com a minha experiencia com crianças e games e encontro dois grupos:
A- crianças que jogam games em casa
B- crianças que só utilizam computadores e aplicativos de games em lanhouses na periferia.
No grupo B uma utilização é constante, a da tentativa erro e acerto..
Ao mesmo tempo o ambiente influi na performance por intermédio de outros amigos com quem troca experiências e que também influem na distribuição da sua atenção para com o jogo.
Portanto não ha um foco no decorrer do game e seus amigos tanto auxiliam como atrapalham. O mais interessante é ver como atuam em sua linguagem corporal na medida em que o game avança e se o jogador obtêm sucesso ou não, ou seja, a linguagem corporal involuntária nos percalços do percurso do jogo, indicando a sua satisfação ou não, ansiedades e fracassos.
Encontro sobre linguagem corporal, conceitos já explorados em minha área profissional, mas na medida em que ampliados dão margem a adaptações quanto ao mundo virtual e games.
Vejamos os achados semanais:
- Linguagem corporal e sua importância para grupos grandes.
Aqui, na Wikipedia encontro uma divisão clássica mas direcionada ao virtual, onde " A linguagem corporal pode fornecer pistas sobre a atitude ou estado de espírito de uma pessoa. Por exemplo, isso pode indicar agressão , atenção , tédio , estado de relaxamento , prazer , diversão e intoxicação"
E as emoções básicas como:
Divertimento, Desprezo, Contentamento, Constrangimento, Excitação, Culpa, Orgulho em realização, Alívio, Satisfação, Prazer sensorial ,Vergonha
Os professores observam as diversas formas de linguagem corporal dos seus alunos? conhecem as possibilidades de respostas quando estes mesmos alunos se encontram com foco em ambientes virtuais?
Em algumas postagens anteriores, um amigo Mooc questionou sobre possibilidades de laboratório utilizando grandes músculos, o meu interesse está na utilização dos pequenos músculos e o tablet.
Creio que a minha resposta não agradou, mas nada posso fazer e o que aqui escrevo são observações baseadas em crianças com games.
O tablet nos faz recordar os escribas e a pequena tabua em argila.
A diversidade de pensamentos é muito interessante, alguns repensam o livro a partir do papiro e a possibilidade de esquecimento do papel a partir da tecnologia. Outros pensam na identidade digital a partir da nossa mão.Esse ultimo texto muito interessante me recordou Orwell , tanto quanto a Foucault.
O que mais me interessa é a capacidade de ampliação cerebral com a utilização da mão em um novo conjunto de habilidades a partir de uma tela em pequenos objetos.
O nosso gesto mais preciso, segundo diversos autores a partir da Psicomotricidade é o gesto de pinça, onde se uniam o indicador e o polegar a partir de um gesto preciso que provocava a coordenação óculo manual.
Novos gestos que apontam para a precisão surgem em uma nova vertente, a da tecnologia.
O antigo gesto de pinça está inserido na habilidade de APREENSÃO de um pequeno objeto. Os novos gestos estão ligados a união de varias habilidades que devem dar resposta ao que desejamos com uma incrível velocidade e como se ajustam a uma nova precisão.
o que mais me trai aqui são os gestos, os dígitos mais utilizados.
A influencia do analisador auditivo quanto aos ambientes externos e interno do Game.
O foco da atenção da criança, e a ação da mão ao responder aos comandos neuronais.
Diversos autores como Vitor da
Fonseca, Go Tani, Gallahue e Ozmoun, Papalia
(e outros) publicaram uma extensa bibliografia sobre as habilidades motoras do
ser humano, ou seja, do desenvolvimento humano da criança até ao que
denominamos de terceira idade, contemplando assim um estudo das diversas fases
e das aquisições, da assimilação de novos aprendizados e da adaptação do ser humano perante os
artefatos manipulados e como estes artefatos, criados por nós mesmos, influem
em uma adaptação cerebral ampliando com a assimilação de novas habilidades novos
comportamentos motores que geram a seguir aprendizados diferenciados que
facilitam o manuseio e/ou manipulação dos
objetos em variadas facetas e unindo analisadores óticos, táteis, visuais e
auditivos.
Eis um assunto que foi abordado
exaustivamente devido ao interesse em ter como foco as crianças em que ocorrem
dificuldades no manuseio de objetos e como identificar a área afetada neste
procedimento indicador como um atraso em seu desenvolvimento.
Gallahue e Ozmound (2005, p.173)
nos dizem que as habilidades manipulativas de um bebê evoluem ao longo de estágios onde inicialmente devem
ser considerados os atos de alcançar, segurar e soltar. Nesta teoria
desenvolvimentista alongamos nosso conhecimento para habilidades que contêm
padrões de movimentos que são próprios ao desenvolvimento das crianças e o
fugir destes padrões gera preocupações familiares e aconselhamento médico. Embora
existam diferenças entre crianças e diferenças entre padrões motores.
Desta forma em seu crescimento a
criança desenvolve a percepção motora e freqüentemente se atrasam por
restrições ambientais embora não existam evidencias de que estas habilidades aprimoradas
possam melhorar o desempenho acadêmico no futuro.
Papaglia (2006,p.276) indica que
as crianças mesclam as capacidades que já possuem com outras que vão adquirindo
em direção a uma complexidade, ou seja, as habilidades motoras refinadas envolvem os pequenos músculos das mãos e do
olho (coordenação óculo-manual) em uma criação de sistemas de ação.
Já Vitor da Fonseca (2008) que
faz uma leitura das concepções de autores americanos como Kephart, Getman, Cratty,
Frosting, Ayres e de autores russos como Vygotsky, Luria, Bernstain, nos diz
que este último autor evidenciou que os avanços em relação ao cérebro humano
partem de um relacionamento com a ação humana. O modelo proposto por Bernstain
critica a metodologia expositiva verbalizada e verbalizante do ensino tradicional que subestima o papel
da ação da criança sobre algo.
Enfim, esta janela projetada para
o futuro e como fenômeno cultural também, envolve multicontextos sendo
multicomplexa.
Mas a que vem este pequeno
histórico? Minha curiosidade sobre a ação motora MANUAL e PERCEPTIVA das
crianças de periferia sobre as maquinas de games em Lan houses e a ação motora das crianças que podem
utilizar o tablet.
Amo tablet por serem moveis, e na
atualidade adoto o mini tablet em tudo o que faço.
Lógico que passei por computadores
mais antigos (que aliás se posiciona como peça de museu), os notebooks e ao avançar para os tablets adaptei-me
rapidamente e refleti sobre a ergonomia que este artefato tecnológico envolve e
que possibilita o seu manuseio para diversas faixas etárias.
Vamos por partes:
- o computador sempre exigiu algo
que era uma habilidade refinada (coordenação fina) a digitação, remanescente
das maquinas de escrever e a velocidade dos utilizadores eram muito apreciadas,
mas em tempos de web 1.0 os documentos eram o principal foco desta ação.
- os notebooks facilitaram
decerto com a mobilidade, deram continuidade às habilidades já conhecidas e a web2.0 imprimiu diferenciados contextos libertários
que habilitavam mais do que textos escritos para qualquer máquina ampliando a
sua utilização.
-Mas os tablets evoluíram em
funções cerebrais facilitaram diversas faixas etárias em sua utilização introduzindo
modificações digitais auxiliados por telas
touchscreen, com pequenos
gestos com todos os dedos além da digitação nossa velha conhecida.
Mas o
modo de segurar o seu tablet e o ato de segurar e digitar ao mesmo tempo é
sensacional o mesmo ocorre na telefonia móvel onde se encontra prioritário o uso
do dedo indicador e o dedo polegar que
entraram em ação principal.
A historia evolucionista da nossa mão como
segmento de Preensão (dos pés também) é muito interessante e de como essa
evolução se deve a fatores adaptativos em nosso ambiente de sobrevivência.Segmento
que utiliza a percepção comandada pelo cérebro, que influenciou a Robótica e outros setores industriais.
A valorização daqueles que ainda
utilizam técnicas rudimentares de ofícios, os artesões, se torna importante e da mesma forma nos surpreendemos com as crianças e a sua adaptação veloz e
intuitiva ao manuseio dos tablets e máquinas de games.
Pelo visto o nosso movimento mais
preciso ultrapassa ao movimento de pinça, que une os analisadores ótico e tátil,
ainda vamos mais longe em nossa complexidade.
Leio na atualidade muito mais debates sobre os MOOCs do que quando iniciei a minha experiência com o CKK11.
Eu realmente passo, muito rapidamente, os meus olhos perante tantas leituras, com certeza para não influenciar as minhas resistentes e gratas impressões que ocorreram durante a vivência.
Na verdade creio que devo ter efetuado uma "miscelânea" completa dos Temas (não eram conteúdos curriculares) apresentados e o que realmente ocorreu-me, naquela época, foi o sentimento de que , para "dar conta" daquilo que falavam e escreviam, eu deveria também ter a imensa liberdade de unir conhecimentos, deixar o meu pensamento vagar e brincar efetuando conexões .
Os currículos não dão liberdade? sim, em muitos currículos observo imensas falhas que poderiam se tornar libertárias, mas não no comportamento dos professores ao deixarem o processo fluir!
Participei de um outro MOOC em língua portuguesa e vi que a necessidade em encontrar trilhas de um caminho a ser percorrido já não surgia dos coordenadores e sim do público ou do conhecimento dos coordenadores de que esse processo de perda, de "pairar no ar" é inerente ao processo de um MOOC e causa medo, causa desistências.
Afinal, quando nos encaminhamos pela primeira vez a uma Universidade, que se diferencia bastante de um colégio, tentamos nos ambientar o mais rápido possível ao novo contexto.
A perda e o processo de se achar, de perambular ou de confeccionar um "fio de Ariadne" para prosseguir ou encontrar saída
é o grande "insight"de um MOOC.
As pessoas que desejam participar de um MOOC mobilizam a sua imaginação com pre-referências positivas ou negativas.
Eis algo que pode colocar a experiência em fracasso. A imaginação de cada um quanto ao que ocorre durante um MOOC.
Fora isso, ocorre a dependência da certificação, que faz ainda parte do desejo, que impulsiona o processo de aprendizagem de muitos.
A certificação camufla a capacidade natural de aprender do aluno,a criatividade,enfim, é o velho sistema que ainda mantem suas raízes.
"We want to see the learning design patterns change, we want to see phy6sical participation in the profession, that is, engagement with the content and the practice, in the rich spaces that we have, and let the content engagement, which can be well-designed online, be the place where content is delivered."